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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Gaza

Acompanhamos o fim da sessão da manhã no conselho de segurança. Mais uma vez, Israel e Palestina não hesitaram em trocar farpas durante momentos de debate não-moderado autorizados pela mesa. O impasse em torno da legitimidade do Hamas e na delimitação do Estado Palestino leva a crer que os colóquios se encerrarão sem que haja uma decisão aceita por todos.

"Israel cobre todas as necessidade humanitárias reivindicadas pelos palestinos residentes na faixa de Gaza" (Israel)


"Aí você forçou demais, né ?!" (Palestina)


"É cínica a afirmação de que Israel é o grande causador do sofrimento do povo palestino. Quem causa esse suplício a essa nação são os terroristas do Hamas, que só podem ser reconhecidos nesta casa quando decidirem baixar suas armas" (Israel)

Depois da tempestade, a bonança

A França concedeu a Al Jazeera em espaço reservado entrevista com declarações exclusivas. O país afirmou que defende que o Hamas baixe suas armas para que então possa reconhecer o Estado Palestino plenamente e acredita ter contribuído nesse processo, em vias de ser encaminhado já no fim da sessão do Conselho de Segurança de ontem. Além disso, o país prega uma desmilitarização dos palestinos e de toda questão envolvida para que possa se desenvolver em termos de mais tranquilidade.

A França prestigiou ontem, durante um de seus inúmeros discursos nas Nações Unidas, notícias publicadas neste meio acerca do Estado de Israel. Porém, o que marcou definitivamente o início das relações do país com a imprensa foi uma tensa visita ao comitê, também aqui relatada. O país tenta desenvolver uma interessante tendência de diálogo com os meios de comunicação.

Palestina na liderança da Liga Árabe

A Autoridade Nacional Palestina merece uma nota de destaque deste jornal, devido ao seu desempenho no 2º dia de negociações ocorridas no âmbito do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Começando o dia tímida, a representação costurou importantes alianças e acordos mesmo antes de questões que a envolvessem entrassem na pauta de discussões. Isso garantiu a defesa de suas posições por uma Liga Árabe forte frente às constantes contestações de ponto de vista geradas principalmente por Reino Unido e Japão.

Desrespeito e intolerância cultural no C.S.

Após a polêmica requisição por parte da Delegação síria no Conselho de Segurança acerca de símbolo cultural isralense na sala de debates - aceita pela mesa -, outros momentos de intolerância cultural foram verificados nas últimas horas no mesmo espaço, que pertence a uma das mais altas esferas de decisão das Nações Unidas. Representantes não poupam esforços em tocar em feridas nacionais e se ofenderem mútua e abertamente para uma platéia extasiada.

"Pedimos Sanções aos hebreus errantes" Palestina

"Se existe um povo que não respeite as resoluções da ONU é o palestino. Essa nação sofre de um câncer e para matar as células más, algumas das boas terão de ser sacrificadas. Israel é a única democrcia legítima do Oriente médio" Japão

"Nós temos agora um hebreu japonês. Deve ser um grande bancário ou coisa parecida por lá" Palestina

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"O Irã incitou o povo palestino à guerra" México

"O México é um lixão norte-americano" Irã

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"Nossos mísseis matam menos" Palestina

"O Estado de Israel foi criado para evitar um novo holocausto" Israel

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" ... (Bocejo) " Reino Unido, após cessão de tempo do Irã à Palestina

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"A delegada da Líbia não me escuta em função do véu que cobre suas orelhas" França

É interessante lembrar que a França proibiu recentemente o uso de véus em suas escolas, decisão sustentada no princípio do Estado laico. Mas posições como as acima expostas não levam nenhum debate a qualquer campo que seja produtivo. As nações devem lutar para se manterem unidas e defendem um interesse maior e geral: a paz e harmonia mundial.

domingo, 6 de setembro de 2009

Solilóquio de Istambul

Delegação da Palestina recebe presente japonês: guia de regras da ONU

A 4ª sessão do encontro do Conselho de Segurança das Nações Unidas deliberou sobre os rumos da questão Palestina. Mais uma vez, correntes opostas sobressaíram e se digladiaram. Enquanto isso, uma 3ª via clamava por uma solução que satisfizesse aos 2 extremos.

Os delegados de diversas representações internacionais mandaram o decoro às favas numa sessão tragicômica de debates diplomáticos. Polarizados entre Autoridade Palestina e a Liga Árabe versus Japão e Reino Unido, não faltaram cenas hilariantes.

"O Irã é o mais covarde dos covardes que atacam Israel"
Israel

"O delegado palestino não fala, grita." Japão

"Não existe Estado sem defesa.
Não existe povo sem proteção.
Não existe nação sem território definido." China, a favor da regularização do Estado Palestino

"É um monólogo. Só ele fala."
R. Unido sobre cessões de tempo à Palestina

"Por que não manter seus tanques nas garagens ? Por que não deixar os mísseis nos silos ?" Interrogações Palestina à Israel

Delegado francês debate questões com representantes de Israel

"peço aos delegados de Israel que parem de comer, olhem para a frente e prestem atenção" França

França e Turquia, juntamente ao Afeganistão, foram as nações que tentaram de forma mais proeminente buscar o diálogo entre as partes em conflito. Reconhecendo o direito dos palestinos de obterem seu Estado, procuravam que problemas como quanto a ligação do Hamas com um passado de violência fossem postos num 2º plano. Muito se discutiu também sobre fronteiras. Ao fim da sessão, os trabalhos foram programados para continuar amanhã.

"Senhores, solilóquio da Turquia, que se mantém desde o início da sessão, está cada vez mais monocórdio" Turquia

sábado, 5 de setembro de 2009

C.S. Discute Reconstrução Afegã

Os debates no Conselho de Segurança se iniciaram acalorados na última manhã. Nas linhas de frente, Irã e Israel discutiram diferentes maneiras de reconstruir o país devastado por anos de guerras, a partir de diferentes paradigmas.

A visão iraniana definiu como indecorosa a intervenção americana no Afeganistão, que teria desrespeitado os direitos do povo daquele país. Em declarações ao longo das discussões, o Irã disse ter medo da reconstrução proposta pelos Estados Unidos e da presença do Reino Unido e de Israel na decisão dos destinos da região.

O entendimento israelense era de que haveria urgência na questão afegã, em razão do narcotráfico e a resistência talibã ainda presentes no país. A possível infeciência da polícia e do exército no combate aos problemas justificaria uma ajuda multilateral.

No decorrer da sessão, a formação dos dois lados opostos se fez mais evidente. Irã, Síria e o próprio Afeganistão, além de outras nações islâmicas defendiam que a invasão do país fora injustificada e que a reconstrução seria fruto da destruição promovida. Na trincheira inimiga, israelenses, britânicos e outros aliados afirmavam que só o apoio multilateral seria capaz de resolver a questão.