quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Encerramento da SiONU 2009

O Comitê de Imprensa mais uma vez agradece a todos os Delegados que fizeram o nosso trabalho possível. Cobrir toda a balbúrdia que os Srs. aprontam é bastante cansativo e divertido. Obrigado a todos por visitarem nossos blogs e prestigiarem nossas notícias; através de elogios ou críticas, é muito gratificante ver nosso trabalho sendo reconhecido! :)

Mais uma vez obrigado e até a próxima!!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

México critica postura de UE no G20


O presidente do México, Felipe Calderón, manifestou em entrevista exlcusiva a rede Al Jazeera a sua indignação com atitude de representante da União Européia que afirmou que "Países da UE tem autonomia e não imporemos a eles medidas propostas pelo México", acerca de resoluções que tratam sobre a questão dos subsídios e foram aprovadas na OMC no último ano. A exaltação presente nas palavras do presidente era visível.


Nas outras reuniões internacionais, os debates se encaminham no rumo da aprovação das últimas resoluções. A OEA já se encontra votando suas decisões e o CDI se mantém em debate de portas fechadas acerca da crise do presidente do Sudão. Na OMS, os trabalhos se encontravam momentaneamente interrompidos em função da impressão de documento a ser aprovado.

Pérolas

"Nós temos agora um hebreu japonês. Deve ser um grande bancário ou coisa parecida por lá" Palestina

"Nossos mísseis matam menos" Palestina

" ... (Bocejo) " Reino Unido, após cessão de tempo do Irã à Palestina

"peço aos delegados de Israel que parem de comer, olhem para a frente e prestem atenção" França

"Os representantes do Afeganistão e do México estão agindo como mulheres de bandido, que nunca se canasam de apanhar dos seus maridos" Palestina

" A senhora delegada da Costa Rica está chapada de banana, tá subindo a cabeça dela ! O senhor delegado do Japão está chapado de saquê " França

3 britânicos acusados de atentado terrorista

Foram 3 britânicos os responsáveis por explosão de avião transatlântico que iam para a américa do norte.

fonte: al jazeera

O Globo: Em visita a Jerusalém, FHC se mostra otimista quanto ao processo de paz na região.

Ao final de visita a Jerusalém, ex-presidente do Brasil pede ação mais direta por parte das Nações Unidas no sentido de que se alcance a pacificação da conflituosa região do Oriente Médio. Ele acredita na ação da diplomacia mundial como fator essencial para solucionamento do impasse.

fonte: O Globo

The Guardian: "Hamas in talks on freeing kidnapped Israeli soldier"

Khaled Meshal, líder do Hamas em visita ao Cairo, reforçou os esforços em torno da libertação do soldade israelense capturado próximo a Gaza a 3 anos atrás. O fim do cativeiro se encontra condicionado a libertação de prisioneiros palestinos. O acordo está sendo mediado por lideranças egípcias, com a ajuda do presidente norte-americano Barack Obama.

fonte: The guardian

Gaza

Acompanhamos o fim da sessão da manhã no conselho de segurança. Mais uma vez, Israel e Palestina não hesitaram em trocar farpas durante momentos de debate não-moderado autorizados pela mesa. O impasse em torno da legitimidade do Hamas e na delimitação do Estado Palestino leva a crer que os colóquios se encerrarão sem que haja uma decisão aceita por todos.

"Israel cobre todas as necessidade humanitárias reivindicadas pelos palestinos residentes na faixa de Gaza" (Israel)


"Aí você forçou demais, né ?!" (Palestina)


"É cínica a afirmação de que Israel é o grande causador do sofrimento do povo palestino. Quem causa esse suplício a essa nação são os terroristas do Hamas, que só podem ser reconhecidos nesta casa quando decidirem baixar suas armas" (Israel)

OEA: debates sem resultados



A OEA debate as questões das américas num ritmo extremamente repetitivo e desanimador. Os temas previstos para a discussão foram postos em segundo plano em favor dos ataques internacionais e do desrespeito mútuo. Eis algumas pérolas da sessão da manhã:





" O marxismo fajuto de Cuba é um exemplo paradoxal de um socialismo ditatorial onde há muitos empregos de flanelinha, garçom ..." (Chile)

" Se um flanelinha cubano e um chileno forem disputar vagas no mercado, é certeza que prevalecerá o profissional cubano" (Cuba)

A manhã no G20


As discussões matinais no G20 foram mornas e acerca de projeto de resolução a ser aprovado. O tema da crise está próximo de um consenso, com pequenas arestas que restam por ser aparadas. Discursos contidos e breves considerações sobre pontos de discursão marcam a sessão.

Portas fechadas no CDI



Uma reunião de emergência dos componentes da Comissão de Direito Internacional no Conselho de Segurança foi convocada nas últimas horas. O motivo: a prisão por autoridades italianas do presidente do Sudão Omar al-Bashir. O líder africano é acusado de crimes de guerra e contra a humanidade. A Al Jazeera teve acesso exclusivo aos primeiros momentos da sessão.

O sentimento geral era de pesar. O Brasil afirmou que a ordem era ilegítima. Este ponto de vista foi compartilhado pela Tunísia e Romênia. A Itália, como agente principal da ação, teve o apoio dos delegados da Santa Sé, Reino Unido e Alemanha na prisão de Omar. As palavras dos representantes ilustram bem os seus pontos de vista.




"A prisão era a única coisa possível, plausível e lógica. Na Itália, determinações do tribunal internacional são válidas e legítimas como a lei." (Itália)

" O Egito teve oportunidade e não efetivou a prisão do líder do país, que expulsou ONGs e diplomatas de seu país." (Alemanha)

" Ele saiu de seu país por sua conta e risco. A Itália apenas acatou uma ordem do tribunal internacional" (R. unido)

"Um Estado signatário que não ratifica o estatuto não pode estar sujeito às suas determinações. O agente é sudanês. O crime é sudanês. O ultimato é o único poder de barganha diante da arbitrariedade da Itália. " (Tunísia)

"Ele é uma pessoa que é contra seu próprio povo" (Santa Sé)

Depois da tempestade, a bonança

A França concedeu a Al Jazeera em espaço reservado entrevista com declarações exclusivas. O país afirmou que defende que o Hamas baixe suas armas para que então possa reconhecer o Estado Palestino plenamente e acredita ter contribuído nesse processo, em vias de ser encaminhado já no fim da sessão do Conselho de Segurança de ontem. Além disso, o país prega uma desmilitarização dos palestinos e de toda questão envolvida para que possa se desenvolver em termos de mais tranquilidade.

A França prestigiou ontem, durante um de seus inúmeros discursos nas Nações Unidas, notícias publicadas neste meio acerca do Estado de Israel. Porém, o que marcou definitivamente o início das relações do país com a imprensa foi uma tensa visita ao comitê, também aqui relatada. O país tenta desenvolver uma interessante tendência de diálogo com os meios de comunicação.

Palestina na liderança da Liga Árabe

A Autoridade Nacional Palestina merece uma nota de destaque deste jornal, devido ao seu desempenho no 2º dia de negociações ocorridas no âmbito do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Começando o dia tímida, a representação costurou importantes alianças e acordos mesmo antes de questões que a envolvessem entrassem na pauta de discussões. Isso garantiu a defesa de suas posições por uma Liga Árabe forte frente às constantes contestações de ponto de vista geradas principalmente por Reino Unido e Japão.

Desrespeito e intolerância cultural no C.S.

Após a polêmica requisição por parte da Delegação síria no Conselho de Segurança acerca de símbolo cultural isralense na sala de debates - aceita pela mesa -, outros momentos de intolerância cultural foram verificados nas últimas horas no mesmo espaço, que pertence a uma das mais altas esferas de decisão das Nações Unidas. Representantes não poupam esforços em tocar em feridas nacionais e se ofenderem mútua e abertamente para uma platéia extasiada.

"Pedimos Sanções aos hebreus errantes" Palestina

"Se existe um povo que não respeite as resoluções da ONU é o palestino. Essa nação sofre de um câncer e para matar as células más, algumas das boas terão de ser sacrificadas. Israel é a única democrcia legítima do Oriente médio" Japão

"Nós temos agora um hebreu japonês. Deve ser um grande bancário ou coisa parecida por lá" Palestina

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"O Irã incitou o povo palestino à guerra" México

"O México é um lixão norte-americano" Irã

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"Nossos mísseis matam menos" Palestina

"O Estado de Israel foi criado para evitar um novo holocausto" Israel

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" ... (Bocejo) " Reino Unido, após cessão de tempo do Irã à Palestina

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"A delegada da Líbia não me escuta em função do véu que cobre suas orelhas" França

É interessante lembrar que a França proibiu recentemente o uso de véus em suas escolas, decisão sustentada no princípio do Estado laico. Mas posições como as acima expostas não levam nenhum debate a qualquer campo que seja produtivo. As nações devem lutar para se manterem unidas e defendem um interesse maior e geral: a paz e harmonia mundial.

OMS inicia debates acerca de armas químicas

Enquanto um dos mais produtivos comitês internacionais hoje reunidos, a OMS iniciou pela tarde os debates acerca do delicado tema de armas químicas. A questão do fósforo branco foi muito discutida e diversos países expuseram suas posições sobre o assunto. A substância, presente em sinalizadores, pode ser usada com finalidades bélicas em função das intenções do país que a detêm.


"Que não haja intervenção de nenhuma assembléia na soberania dos países sobre suas decisões" Brasil

"O número de vidas poupadas valerá o esforço de buscar alternativas a essa substância" México

"A Constituição permite o uso do fósforo branco e há de ser respeitada" Cruz Vermelha

As discussões e a produção de uma resolução sobre o assunto estão previstas para amanhã. O nível das discussões e o respeito entre os debatedores são um exemplo para outras instituições internacionais.

domingo, 6 de setembro de 2009

A crise na OEA

A crise que hoje se abateu sobre a OEA se dá em função de discordâncias político-ideológicas e estratégicas quanto a defesa das américas no âmbito das discussões entre EUA e Venezuela.

"Americanos tem aspiração imperialista na América Latina. As FARC são um movimento popular legítimo." Venezuela

Ao lado do diplomata canadense, representante francês que confirmou
intenções hegemônicas de seu país sobre as américas


"Eles dependem da gente" EUA

Com o adiamento de sessão, os trabalhos prosseguem amanhã em busca de uma resolução para esse impasse.

Solilóquio de Istambul

Delegação da Palestina recebe presente japonês: guia de regras da ONU

A 4ª sessão do encontro do Conselho de Segurança das Nações Unidas deliberou sobre os rumos da questão Palestina. Mais uma vez, correntes opostas sobressaíram e se digladiaram. Enquanto isso, uma 3ª via clamava por uma solução que satisfizesse aos 2 extremos.

Os delegados de diversas representações internacionais mandaram o decoro às favas numa sessão tragicômica de debates diplomáticos. Polarizados entre Autoridade Palestina e a Liga Árabe versus Japão e Reino Unido, não faltaram cenas hilariantes.

"O Irã é o mais covarde dos covardes que atacam Israel"
Israel

"O delegado palestino não fala, grita." Japão

"Não existe Estado sem defesa.
Não existe povo sem proteção.
Não existe nação sem território definido." China, a favor da regularização do Estado Palestino

"É um monólogo. Só ele fala."
R. Unido sobre cessões de tempo à Palestina

"Por que não manter seus tanques nas garagens ? Por que não deixar os mísseis nos silos ?" Interrogações Palestina à Israel

Delegado francês debate questões com representantes de Israel

"peço aos delegados de Israel que parem de comer, olhem para a frente e prestem atenção" França

França e Turquia, juntamente ao Afeganistão, foram as nações que tentaram de forma mais proeminente buscar o diálogo entre as partes em conflito. Reconhecendo o direito dos palestinos de obterem seu Estado, procuravam que problemas como quanto a ligação do Hamas com um passado de violência fossem postos num 2º plano. Muito se discutiu também sobre fronteiras. Ao fim da sessão, os trabalhos foram programados para continuar amanhã.

"Senhores, solilóquio da Turquia, que se mantém desde o início da sessão, está cada vez mais monocórdio" Turquia

OMS aprova resolução

Após 1 dia e meio de negociações, a OMS aprova resolução sobre o vírus H1N1. Principais pontos:

  • Crianças até 6 anos, mulheres grávidas, idosos, cardíacos e pessoas com deficiência pulmonar e imunológica ficam configurados como grupos de risco, além de profissionais da área médica.

  • Criação de campanhas visando esclarecimento sobre contágio.

  • Criação de Cartilha padrão com medidas profiláticas necessárias, tais como talheres descartáveis e nº de telefone para esclarecimento.

  • Curso padrão para diagnóstico, manejo e precauções no tratamento de infectados

  • Colaboração técnico-científica entre países (cessão de laboratórios, envio de pesquisadores e mesm,o ajuda financeira)

  • Redução do preço dos medicamentos por empresas privadas

  • Envio da questão para discussão na OMC

  • Criação de programas para países sem política de saúde pública para a epidemia

  • Pólos para a produção de Tamiflu em grande escala nos países com capacidade

  • Preferência a ser dada aos grupos de risco

  • Debate entre os países do G20 para obtenção de ajuda financeira de 10% a 20% por parte de seus membros sobre o valor final dos medicamentos utilizados no tratamento do vírus.

A discussão na organização se encaminhará agora para a questão das armas biológicas, a fim de que se produza mais uma resolução até o fim dos debates.

Tarde animada

Na tarde de hoje, diversos delegados vêm se valendo de termos inusitados e metáforas mais acessíveis para o esclarecimento dos seus pontos de vista. Foi o caso do representante da Autoridade Palestina, que já se referiu a seus colegas japoneses e afegãos, outrora assolados por guerras contra os EUA, mas, em função das circunstâncias, ao lado do país, como "mulheres de bandido". No mesmo conselho, Israel afirmou em certo momento que a culpa da sorte dos atuais eventos na sua região era do Hamas, peremptoriamente.

" A culpa é do Hamas"
Israel no CS

O representante hondurenho na organização dos Estados Americanos afirmou à nossa reportagem que "Honduras chegou com tudo" em meio à crise que se estabeleceu na organização em função de acusações mútuas entre Venezuela e Estados Unidos. A crise se mantem até o presente momento na instituição, que vota um Projeto de Resolução

"Honduras chegou com tudo"
Honduras na OEA

Voltando ao Conselho de Segurança, a França teria afirmado que a dificuldade da Representante da Líbia em escutar suas afirmações se deveria ao véu usado pela mesma, segundo diplomata da Costa Rica. Com o regime de debate não-moderado vigente, representantes também se reuniram para ver imagens da sessão publicadas na Al Jazeera.

"Atraso estratégico" em Israel

O vice primeiro-ministro de Israel Eli Yishai se referiu ao plano de paralisar as construções de assentamentos como um "atraso estratégico". Também afirmou "Não vamos desistir de construir em Jerusalém e vamos construir centenas de unidades. Estamos olhando para o futuro."

FONTE: http://www.haaretz.com/

Delegação Francesa Visita Redação

A Delegação Francesa acabou de visitar o Centro de Imprensa Internacional. O encontro se deu em função de esclarecer situações descritas em matérias publicadas recentemente neste meio e em outros. O clima tenso marcou o encontro, que envolveu a delicada questão dos limites da liberdade da imprensa. A representação contou com Delegados de diversos Comitês.

Delegado se defende de afirmações que seriam falsas

A comissão que aqui veio rechaçou o uso da palavra balbúrdia, em texto do Le Monde Diplomatique, em relação aos fatos ocorridos na penúltima sessão do Conselho de Segurança. Segundo um dos representantes do país na instituição, "uma comissão que aprova projetos e discute questões importantes não pode ser considerada uma balbúrdia".

A argumentação ficou por conta do representante do Conselho de Segurança

"Uma comissão que aprova projetos e discute questões importantes não pode ser considerada uma balbúrdia"
Representante da França

Além disso, vieram ratificar a manuntenção das boas relações com a Federação Russa. Na mesma matéria do Le Monde, está descrito que "o delegado da França acusou os demais companheiros da Rússia, Japão e Costa Rica de estarem "chapados" respectivamente de vodka, saquê e bananas."

"... o delegado da França acusou os demais companheiros da Rússia, Japão e Costa Rica de estarem "chapados" respectivamente de vodka, saquê e bananas."

O representante da França na OEA também se sentiu prejudicado por declarações da Imprensa. Essa afirmação se deveu a matéria publicada neste meio que tratava da postura dos líderes mundiais em reunião da OEA. A razão do litígio era citação que comentava o posicionamento francês como favorável ao paradigma venezuelano. Segundo o delegado: "A posição que a França adota em relação à América é de hegemonia sobre o continente." No encontro, foi levado a posição do país como berço da democracia.

"Além de Cuba, a França também se manifestou algumas vezes favoravelmente ao paradigma venezuelano"
Al Jazeera

A rede Al Jazeera entende que o leitor não deva ser privado da notícia, por isso espera que as portas das reuniões se mantenham abertas aos olhares atentos dos representados de todo mundo, para que eles possa enxergar e refletir sobre as decisões tomadas por seus representantes.

Aprovada Resolução sobre a questão afegã

A reunião do conselho de segurança nesta amanhã foi marcada pela intensa agitação. Após muitos diálogos - nem sempre amistosos -, pontos de vistae diretores de mesa, foi aprovada a Resolução acerca do Afeganistão.

Israel discute questões em meio ao caos da sessão com mesa vazia

O começo da reunião foi marcado por declarações amistosas entre as nações representadas, em função do exaltado colóquio do dia anterior. Entretanto, as divergências começaram a emergir no tocante a aprovação da pauta pendente. A polêmica cláusula 13 da resolução 1 era o motivo das diferentes posições. Os representantes da Federação Russa lideraram o debate em torno da questão, redigindo o projeto a ser aprovado.

Rússia exerce papel de liderança no início da sessão

"A cláusula do partido político Talibã deve ser retirada."
México

A França, protagonista da discórdia que ontem se atrelou a questão, mais uma vez cede. Um artigo posterior agora se torna o centro das discussões, acerca da reconstrução da polícia afegã. O país se nega a esse tipo de intervenção, em razão de sua soberania.

Afeganistão e Israel: Lado a lado na mesa, mas em posições diferentes

"Essa era uma posição unicamente israelense, que agora todos os senhores defendem. Não temos direito a voto neste conselho. Façamo que os senhores quiserem. Mas saibam que esta determinação contraria a nossa soberania" Afeganistão

Entretanto, neste momento, mais um ator principal na reunião do conselho entra em cena. É a mesa, que posterga demais a oportunidade de um debate não-moderado para os países. Isso atrasa a aprovação de resoluções. Concomitantemente, israelenses defendem que se inclua na resolução o incentivo a propagandas anti-terrorismo por parte das Nações Unidas.

Mesa postega demais o debate não-moderado e atrasa decisões

"A população afegã é adestrada pelo ódio e terrorismo pela propaganda talibã" Israel

Os países rechaçam a medida, que vai contra os princípios de soberania. A mesa não cede, para prejuízo geral das discussões. As atenções agora se voltam para o delegado. Sua intransigência faz com que seja substituído. Ele foi o primeiro de quatro.


Outra posição de Israel, quanto a intervenções do Conselho no Ministério do Interior afegão é julgada desnecessária pela sessão. Nos bastidores, começa a sobresair agora uma nova figura. A representante palestina costura alianças para o tema da pauta, já tendo em vista as posteriores discussões - sobre o tema palestina - que aconteceram no período da tarde.


Nas sombras: Palestina & a aliança francesa

"Representamos o governo legítimo e eleito do Hamas"
Autoridade Palestina

Daí em diante, a liga árabe - liderada pela representante palestina - coordena ataques a Israel e seus aliados. O estado judeu não reconhece a autoridade palestina que representa o Hamas - grupo por eles denominado terrorista e eleito para o governo da autoridade palestina. Em vista das discordâncias ideológicas, Israel se retira temporariamente da sessão.

Israel fora da sessão recebe aplausos da Liga Árabe

Diversos Estados reconhecem a representação da Palestina, tais como Irã e mesmo os Estados Unidos. Posteriormente, o estado judeu volta a ser representado nas fileiras do conselho. Após atritos entre Irã e Inglaterra, a resolução reformulada é aprovada por 13 a 1 no conselho de segurança. A 4ª sessão do conselho se realiza nesta tarde.

Entrevista com delegados do CDI

Durante intervalo entre as sessões do Comitê de Direito Internacional, tivemos a possibilidade de entrevistar dois delegados de tal comitê que, gentilmente, falaram de forma geral e breve dos pontos que foram abordados inicialmente.

Entrevista com Lucas Medeiros, delegado da Tunísia, CDI

A: Após as duas primeiras sessões do Comitê de Direito Internacional, qual o panorama geral que o senhor pode fazer?

L: Os debates estão sendo muito lucrativos, porém, algumas nações estão se afastando da questão suprema, que são os direitos humanos, recaindo em pontos não muito úteis, que só servem para atrapalhar a promoção dos direitos humanos no sentido que prescreve a carta das Nações Unidas e outros acordos internacionais.

A: Após as sessões iniciais, o senhor delegado está se mantendo a favor de qual posição?

L: O país que represento, a Tunísia, não ratificou o estatuto ainda, mas com a discussão que está sendo feita e as possíveis cogitações de reforma – como a que foi feita na última sessão que revisou dois artigos constitucionais, os artigos 26 e 27, que prescrevem a imunidade parlamentar, e estamos realmente dispostos a fazer emendas que dependem de referendos populares, nesse quesito, para que realmente seja promovida a igualdade formal entre as pessoas e, obviamente, a promoção dos direitos humanos.

Entrevista com Pedro Sloboda, delegado da Rússia, CDI

A: Senhor Pedro, Delegado da Rússia, o senhor está tendencioso a ratificar o que está sendo proposto em face das sessões iniciais?

P: A Rússia como uma nação assina, aprova diversos tratados internacionais, mas o problema é que está havendo algumas antinomias entre a Constituição Russa e o Estatuto de Roma propriamente dito. Por exemplo, com relação às antinomias, o que é preciso fazer? É preciso fazer uma emenda na Constituição Russa, que já está tramitando na Duma, no Parlamento e o que torna isso mais difícil é, exemplificando, a inaceitabilidade de reservas do Estatuto. Então, para a gente ratificar, tem que ratificar o Estatuto como um todo, não podendo deixar de concordar com um artigo ou outro. Então, para nós ratificarmos, nós temos que fazer essa emenda à Constituição. Apesar de o inciso IV, alínea XV da Constituição alegar que no caso de antinomia entre um tratado internacional e uma lei interna prevalecia o tratado internacional, isso não se aplica à Constituição, apenas às leis ordinárias. Agora, com relação à Carta Magna russa, isso não pode acontecer. Então, as mudanças devem ser feitas para haver a ratificação do Estatuto.

A: O delegado da Tunísia alegou que algumas nações estão se afastando do foco das reuniões, o senhor acha que isso esteja ocorrendo?

P: Eu não acho que esteja havendo um afastamento no foco da reunião, estamos discutindo pontos polêmicos e principais que geram as maiores problemáticas na ratificação do Estatuto e temas como Direitos Humanos não estão sendo deixados de lado, de forma alguma.

Falta de consenso leva C.S. a beira de colapso

Desavenças sobre a inclusão de termos como Al Qaeda, Talibã e terrorismo impede que o C.S. consiga fazer progresso nas negociações .

O tema causou grande polêmica e levou os chefes de Estado lançarem mão de medidas não tão diplomáticas.

Enquanto a União Árabe defende a não inclusão dos aludidos termos, até então presentes na cláusula 13 do Projeto Documento do Resolução em discussão, Israel cita as vítimas de ataques e leva as relações entre Palestina e França a estado lamentável.

Não temos como colocar no nosso documento um palavra que não sabemos o significado” diz a representante da Palestina sobre a inclusão da palavra “terrorismo” no projeto.

sábado, 5 de setembro de 2009

México: Destaque do 1º dia


O destaque do dia nas discussões internacionais foi o México, com uma posição firme e presente nos mais diversos fóruns da diplomacia. Envolvido desde debates sobre a situação mundial da saúde até reuniões sobre questões regionais, o país demonstrou coesão e representatividade nos seus posicionamentos, além de um constante exercício de afirmação da presença nos mais variados encontros.

O Estrelismo de Israel




Na primeira sessão do dia no Conselho de Segurança, em um momento de tensão entre países, houve um pedido da Síria à mesa pela retirada de símbolos nacionais presentes entre os pertences da delegação israelense. A mesa negou o pedido, mas Israel por várias outras vezes se encontrou em litígio com outras nações em diversos outros encontros internacionais.

No Conselho de Direito Internacional, a discussão se deu no âmbito da defesa nacional. O representante de Israel teria afirmado, em mais uma das polêmicas expressões que pontuaram o dia, que "Israel tem a guerra como algo necessário". A frase, foi uma entre várias do encontro, marcado pelo debate em torno do conceito de crime de agressão previsto no Estatuto de Roma. Destacaram-se Tunísia, Alemanha, Itália e representante da Santa Sé. Além de Israel:

"Não é correto o uso de armas químicas como o fósforo branco por parte do exército de Israel" Alemanha a Israel

"Extermínio: isso faz parte do seu povo"
Israel à Alemanha

"Não quero discurso, quero ações
concretas.
Falaste mal do deus
muçulmano:
O que o Vaticano tem
feito ? "
Tunísia à Santa Sé

"A Santa Fé age. E talvez, até mais que a Tunísia "
Santa Sé à Tunísia


"Estamos andando em círculos e atrasando decisões importantes"
Itália

"Israel está atrasando as resoluções"
França


A estrela-de-davi talvez inspire as opções polêmicas porém sempre muito autênticas e representativas que apresenta o Estado de Israel nas diversas reuniões. Quanto ao pedido da Síria, os delegados israelenses afirmaram não compreenderem a indisposição cultural. Quem admira discussões ricas e fortes debates, que acompanhe a agenda diplomática internacional do velho povo personalíssimo e verdadeiro do oriente médio.

Discussões sadias na OMS

Gripe Suína foi o tema nas mais recentes reuniões da OMS. Países discutiram medidas de profilaxia e relativas a medicamentos. Brasil, Rússia & México defendem a quebra de patente do tamiflu alemão. A higiene esteve na pauta e EUA propuseram agenda a ser debatida.

As discussões abrangiram diversas opiniões que enriqueceram o debate. Os EUA, juntamente da Alemanha, foram contra a medida que declararam anti-comercial e que era defendida por diversas nações tais como: Brasil -"para os principais países em desenvolvimento" -, Turquia - "a doença prejudica as próprias economias dos países do norte" -, Rússia - "uma questão de respeito a vida" -, Chile -"Eles não tem banheiro (em relação a áfrica)", México - "atenção aos focos mais graves, na américa latina" - & Grécia -"vacinas para todos, sem privilégio aos grupos de risco".

"Ninguém quer perder dinheiro"
EUA
"Uma questão de respeito a vida"
Rússia

Os EUA propuseram uma agenda que previa o debate sobre a possibilidade da intervenção da OMS para a normatização de uma política de saúde básica geral, o acordo com laboratórios farmacêuticos e a criação de uma cartilha com esclarecimento de medidas que evitem o contágio.

OEA discute terrorismo e segurança de fronteiras




Os debates na
OEA acerca do terrorismo e segurança ocorreram nesta tarde. Diferentes propostas emergiram em meio a um embate subjascente e incessante entre duas correntes que se indispunham claramente. De um lado, EUA e seus aliados defenderam o fortalecimento da Junta Interamericana de Defesa. Entre os opositores, Venezuela e companheiros eram a favor da criação de uma nova instituição latino-bolivariana.


O Canal do Panamá foi por várias vezes citado pelo representante do Canadá, demonstrando um possível interesse de um país em estabelecer novos laços com o outro. O descaso das autoridades barsileiras quanto aos temas apresentados foi patente, revelando um desconhecimento do país em relação aos assuntos regionais. Diferentemente do México, que se afirmou fortemente a favor de uma defesa conjunta da América do Sul contra as FARC enquanto problema de todos os países envolvidos.



Mas a discussão principal ficou por conta de EUA & Venezuela juntamente de Cuba. Denúncias sobre as armas recentemente encontradas na república bolivarana eram respondidas por questionamentos quanto a conivência do inquisitor com a produção do éter, essencialna produção de cocaína na Colômbia. Além de Cuba, a França também se manifetsou algumas vezes favoralvelmente ao paradigma venezuelano. O México apoiava o vizinho do norte nos debates.

"A Mídia é tendenciosa no tratamento a Venezuela"
representante da Venezuela

"Mídia tendenciosa é a sua !"
representante do México

"A Venezuela não faz nada
em suas fronteiras"
representante dos EUA

Feira livre no Conselho de Segurança


As Nações Unidas tiveram hoje um encontro que mais parecia feira livre do que uma reunião diplomática, numa de suas mais altas esferas de decisão. Em função de divergências quanto a um artigo a ser votado, sobraram ofensas e desrespeito entre os delegados na última sessão do dia.

A cláusula 13 era a última do documento a ser votado. Nela constava que caso facções terroristas como o Talibã e a Al-Qaeda - hoje, fora dos debates internacionais - se convertessem em partidos políticos formais, teriam acesso aos debates diplomáticos. A França era a única a favor. Os países árabes viram-se ofendidos pelo texto, que seccionava a questão aos povos do oriente. Ânimos exaltado e frases de efeito marcaram as discussões daí em diante:

"A senhora delegada da Costa Rica está embananada de tanta banana que comeu, tá subindo a cabeça dela ! O senhor delegado do Japão está embriagado de saquê ! "

O mais incrível é que mesmo depois dessas pérolas, a França cedeu. A reunião então, aos poucos, se apaziguou. Entretanto, diversos países manifestaram em sessão o mal-estar frente ao vernáculo de que se valeu o representante europeu, tais como a Líbia e Áustria.
O encontro terminou sem que fosse votada a resolução. Resta agora pedir que a paixão dos povos por seus ideais não oculte as boas regras do respeito e do afeto que regem a diplomacia desde tempos imemoriais.

Brown no G20: "Países Sem Rumo"

"O FMI não pode ceder empréstimos a países com economias sem rumo"
prime-minister Gordon Brown - United Kingdom

A polêmica declaração do representante da Grã-Bretanha foi questionada em entrevista coletiva cedida pelo G20 a imprensa internacional. A ausência de representantes do Brasil foi sentida por todos, mas não apagou o brilho das declarações & opiniões apresentadas pelos personagens principais, escolhidos para a rodada de perguntas pelo destaque apresentado nas discussões. Foram eles: Reino Unido, México & Fundo Monetário Internacional

"O FMI não vai emprestar dinheiro pra todo mundo"
prime-minister Gordon Brown - United Kingdom

A coletiva em geral teve clima amistoso. Quando perguntado sobre o significado da espinhosa declaração acima, o 1º ministro do Reino Unido afirmou que países com economias inconstantes são riscos para empréstimos, citando como exemplo a Venezuela.

"Os países sem rumo não tem uma política definida para economia."
Dominique Strauss-Kahn - diretor geral do FMI

O FMI afirmou que a credibilidade de alguns países é menor em função de decisões que possam vir a tomar no campo econômico. Com a crise mundial, seu representante assinalou que esse seria o momento de ajuda aos países necessitados de boa conduta fiscal. Reforma na produção real e no sistema financeiro foram as soluções propostas.

"O termo é degradante"
Felipe Calderón - presidente dos Estados Unidos do México

Já a posição do presidente do México quanto às afirmações feitas pelo representante britânico é de profunda consternação. Seu país está de acordo com a Inglaterra quanto as falhas existentes no mercado, discordando entretanto das barreiras na economia adotadas pelos países desenvolvidos. A organização do FMI, que favoreceria também as nações mais abastadas, é outro ponto de fissura em relação aos colegas de mesa.

Quanto uma reabertura da Rodada de Doha, a Inglaterra afirmou não haver disposição política para tal. Outros temas estiveram em discussão como a questão da adoção de uma moeda única - defendida pela China - e as garantias de pagamento dadas pelo México ao FMI.

C.S. Discute Reconstrução Afegã

Os debates no Conselho de Segurança se iniciaram acalorados na última manhã. Nas linhas de frente, Irã e Israel discutiram diferentes maneiras de reconstruir o país devastado por anos de guerras, a partir de diferentes paradigmas.

A visão iraniana definiu como indecorosa a intervenção americana no Afeganistão, que teria desrespeitado os direitos do povo daquele país. Em declarações ao longo das discussões, o Irã disse ter medo da reconstrução proposta pelos Estados Unidos e da presença do Reino Unido e de Israel na decisão dos destinos da região.

O entendimento israelense era de que haveria urgência na questão afegã, em razão do narcotráfico e a resistência talibã ainda presentes no país. A possível infeciência da polícia e do exército no combate aos problemas justificaria uma ajuda multilateral.

No decorrer da sessão, a formação dos dois lados opostos se fez mais evidente. Irã, Síria e o próprio Afeganistão, além de outras nações islâmicas defendiam que a invasão do país fora injustificada e que a reconstrução seria fruto da destruição promovida. Na trincheira inimiga, israelenses, britânicos e outros aliados afirmavam que só o apoio multilateral seria capaz de resolver a questão.

SiONU 2009